A Jornalização das redes
- Your Tutor TCC
- 20 de jan. de 2024
- 6 min de leitura
Atualizado: 27 de abr. de 2024

Jan. 2024
De que forma dar aos usuários das redes sociais a mesma liberdade que tinham ao ver classificados nos jornais ?
RESUMO
Os jornais em suas páginas de classificados eram a melhor forma de se promover serviços e produtos local, regional ou até mesmo nacionalmente. A vantagem não se limitava apenas aos anunciantes que conseguiam ter um ativo tangível de publicidade paga; mas também aos usuários, que podiam pular de página livremente ao mesmo tempo que tinham a oportunidade de se orientar sobre todas as empresas anunciantes. Não havia anunciante oculto, anúncio oculto ou direcionado apenas a públicos específicos. Considerando a internet como um mercado, o direito do consumidor permite a segregação de produto ou serviço a público específico? Não deveria essa informação ser aberta e disponível para todos? Até mesmo como forma de confiabilidade e manutenção. Anúncio é um bem público, deve estar ao acesso de todos.
Mas de toda forma, atentar-se sobre empresas e serviços sendo divulgados, estando ele interessado ou não, a vantagem para o usuário é a sua liberdade para escolher, enquanto nas redes sociais atualmente os anúncios já chegam pré moldados, não há opção para comparar a concorrência, ela é praticamente inexistente, pois o cliente está concentrado na mão da empresa que controla o tráfego pago.
Para entender melhor o processo, pode-se imaginar que antes você abria o jornal e ali tinha todas as empresas que contribuíram com a edição na página de classificados. Hoje ao abrir uma rede social como o Instagram, por exemplo, as empresas vão ser mostradas para determinado usuário, dependendo de seus interesses e perfil socioeconômico, o que culmina por gerar ainda mais bolhas sociais.
É como se os mecanismos de pesquisa e as redes sociais fossem os donos do jornal, e os usuários, "caros leitores", eles sabem o que e quando você precisa. Milhares de empresas estão anunciando, quem o algoritmo escolhe por você?
As empresas que anunciam também carecem de indícios sólidos sobre o perfil real do cliente a quem seus anúncios estão sendo entregues, assim, sugere-se como uma solução aos direitos de privacidade e sustentabilidade das redes sociais na sociedade, que as empresas não mais coletem dados paulatinamente para oferecer anúncios mais segmentados; mas que deem aos seus usuários o direito de escolha.
Assim, sugere-se, considerando que a publicidade e propagando são componente das sociedades, utilizadas para a orientação, que as redes sociais, criem uma área destinada para tal.

Acredita-se que ao utilizar um modelo diferenciado, considerando que as pessoas precisam de orientação, acredita-se que possa haver um fortalecimento das empresas perante as grandes indústrias que crescem nesse mar ainda pouco explorado que é a internet.
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, as redes sociais se tornaram uma das principais ferramentas de comunicação e marketing digital. Com o crescente número de usuários e o acesso facilitado à informação, empresas e marcas têm buscado maneiras de promover seus produtos e serviços de forma eficaz nessas plataformas. No entanto, muitos ainda questionam qual seria o modelo ideal de anúncio a ser adotado pelas redes sociais.
2 A Questão dos Classificsdos dos Jornais
Este capítulo analisa a transição da publicidade de jornais para as redes sociais, destacando as vantagens e desvantagens para empresas e usuários. Enquanto os jornais ofereciam uma plataforma aberta e comparativa nos classificados, as redes sociais apresentam anúncios personalizados, limitando a visibilidade da concorrência. A falta de transparência nas redes sociais, associada à perda de controle do usuário sobre a exposição a anúncios, levanta preocupações sobre privacidade e sustentabilidade. Como alternativa, acredita-se vantagem seguir estudos que identifiquem a viabilidade em se criar espaços de anúncios online dentro das plataformas digitais, onde o usuário scroll pelas diversas opções segmentadas no seu nicho. Essa abordagem pode favorecer também, pequenos negócios.
Assim, as redes sociais podem permitir aos usuários escolherer sua exposição a anúncios, promovendo uma abordagem mais ética e transparente, com todos os envolvidos.
Os jornais, em sua época áurea, eram veículos essenciais para a promoção de serviços e produtos. A seção de classificados oferecia uma experiência aberta e comparativa. No entanto, a era digital trouxe consigo a ascensão das redes sociais, transformando radicalmente o cenário da publicidade.
Enquanto os jornais permitiam aos usuários explorar livremente os classificados, as redes sociais adotaram algoritmos que direcionam anúncios com base nos interesses do usuário. Essa personalização, embora eficaz para as empresas, cria bolhas sociais e limita a capacidade do usuário de comparar diferentes ofertas.
A criação de uma área específica nas redes sociais destinada à publicidade, onde os usuários tenham o poder de escolher a exposição a anúncios, como em um jornal, onde haviam várias categorias, desde habilitação até mecânico, os usuário podiam se orientar sobre tudo e se organizar com base nas opções, mesmo que futuramente.
Essa abordagem respeita os direitos de privacidade e oferece uma experiência mais transparente e sustentável. Ao conceder aos usuários o direito de escolha, as redes sociais podem construir um ambiente publicitário mais ético e alinhado com as expectativas contemporâneas de privacidade.
Uma das principais desvantagens do modelo de anúncio dos jornais é a falta de segmentação. Os anúncios impressos são distribuídos para um público amplo e diversificado, tornando difícil para as empresas atingirem seu público-alvo de maneira eficiente. Por outro lado, as redes sociais quebram barreira geográfica e permitem uma segmentação mais precisa por meio de métricas e aprendizado de máquina. As redes sociais já adotam essa abordagem, permitindo que os anunciantes personalizem seus anúncios com base em dados demográficos e interesses dos usuários, aumentando a relevância e eficácia das campanhas.

Os anúncios nos jornais são estáticos e não oferecem a possibilidade de interação com o público. Por outro lado, as redes sociais permitem a exibição de anúncios em formato de vídeo, com áudio e elementos visuais em movimento, criando uma experiência mais envolvente para os espectadores.
Nos jornais, é difícil mensurar o impacto dos anúncios, uma vez que não há métricas claras de desempenho disponíveis. Diferentemente das redes, que oferece dados de impressões e taxa de conversão, as redes sociais e mecanismos de buscas podem fornecer métricas detalhadas sobre o desempenho dos anúncios, como alcance, engajamento, cliques e conversões. Essas informações são fundamentais para que as empresas possam avaliar a eficácia de suas campanhas e ajustá-las conforme necessário. Em ambos os casos é necessário análise para se identificar o perfil de cada público.
3 Anúncios On-line
Com o avanço da tecnologia e o crescimento das redes sociais, os anúncios online se tornaram uma parte essencial da estratégia de marketing de muitas empresas. No entanto, muitos usuários relatam uma sensação de invasão de privacidade e falta de controle sobre os anúncios exibidos em suas plataformas favoritas.
Uma das principais preocupações dos usuários é a falta de controle sobre os anúncios exibidos em suas redes sociais. Portanto, uma abordagem eficaz seria investir em ferramentas que permitam aos usuários personalizar suas preferências de anúncios. Isso pode incluir a possibilidade de bloquear anúncios de determinadas categorias ou empresas, ou até mesmo optar por não ver anúncios em geral.
Uma das principais vantagens dos anúncios online é a capacidade de direcioná-los para um público específico. porém, sabe-se que muitas plataformas como forma de incentivo já pagam seus usuarios que optarem por visualizá-los. então, as empresas ficam sem um feedback real do que os números representam, além de ter pouca informação mais detalhada sobre o seu público. A questão é que o cliente se tornou um bem precioso dentro da internet, e os algoritmos sabem o que e quando ofertar. A questão é que os lances por esses clientes são cada vez maiores, e as empresas brigam como em um leilão.

Dar aos usuários das redes sociais a mesma liberdade que tinham de ver anúncios nos jornais requer uma abordagem abrangente, que combina transparência, controle, personalização e ética. Ao investir em ferramentas que permitem aos usuários personalizar suas preferências de anúncios, oferecer incentivos para visualização e garantir a conformidade com as leis e regulamentações, as empresas podem criar uma experiência de anúncios mais positiva e satisfatória para os usuários.
4 METODOLOGIA
A metodologia empregada pode não ser a ideal para estudos acadêmicos, pois não utilizou de fontes secundárias, o produto obtido é resultado da compreensão sócio política do redator, que com o auxílio de mecanismos de decodificação de dados, redigiu o texto de forma a apressentar uma opinião. Faltando o crivo e parecer científico, sendo que os dados foram obtidos apenas com a interpretação. Assim, pode ser considerado um artigo de opinião sem fontes secundárias, sendo necessário comprovar a veracidade dos dados qualitativos apresentados.
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